quinta-feira, 15 de setembro de 2011

UNI - REIS DE PORTUGAL - 4ª DINASTIA - 26 - D. JOSÉ - O REFORMADOR

Foi rei da Quarta Dinastia, filho de João V, rei de Portugal e de Mariana de Áustria, rainha de Portugal, que nasceu em Lisboa a 06 de Junho de 1714 e morreu em Lisboa a 24 de Fevereiro de 1777, e está sepultado em Lisboa no Mosteiro de São Vicente de Fora, e se casou com Dona Mariana Vitória e teve como descendentes: Maria, Maria Ana, Maria Francisca Doroteia, Maria Francisca Benedita.

Começou a governar em 1750 e terminou em 1777. Dom José I, conforme podemos ver nos retratos que foram pintados por artistas da época, era um homem de estatura média, entroncado, com bochechas redondas e olhos castanhos. Usava cabeleira postiça de acordo com a moda daquele tempo.

As cabeleiras longas, penteadas aos caracóis muito frisados, e quase sempre brancas, destinavam-se tanto a homens como a mulheres. O rei vestia com luxo e elegância, mas nunca procurou imitar os exageros do pai, Dom João V, que se deslocava a todas as horas do dia carregado de peles, veludos, sedas e jóias.

Conforme também era costume na época, Dom José casou-se muito novo. Tinha apenas quatorze anos quando lhe mandaram ver noiva. A escolhida foi uma princesa espanhola, Mariana Vitória, com dez anos de idade. O jovem casal não tinha mais nada que fazer para além de comer, dormir e divertir-se, assistindo a espetáculos musicais, participando em festas e bailes da Corte ou em grandes caçadas que se realizavam sobretudo no Ribatejo e no Alentejo. Essa vida alegre e despreocupada prolongou-se demasiado. Assim, quando o pai morreu e Dom José subiu ao trono com trinta e seis anos, nunca tinha tido qualquer responsabilidade, não estava informado sobre os problemas do país nem sabia governar. No entanto, dois dias depois da morte do pai, tomou uma medida inteligente, chamou para seus ministros três homens capazes de o ajudar a dirigir o reino.

Um deles, foi quem na realidade governou durante todo o reinado de Dom José I. Chamava-se Sebastião José de Carvalho e Melo, mas ficou conhecido por um dos títulos que o rei lhe deu: Marquês de Pombal. O rei era um homem afetuoso. Gostava muito da família mas tratava a mulher e as filhas com bastante cerimônia, o que aliás era hábito. No entanto, tinha amantes. Ao contrário de outras rainhas, Dona Mariana não aceitou as infidelidades do marido com resignação e fazia violentas cenas deciúme. Para as evitar, Dom José tentava ser discreto. O pior é que com tantos criados, aias, amas, frades, padres, a circularem pelo palácio, as intrigas corriam de boca em boca e ninguém ignorava esses encontros secretos com a sua preferida, a jovem e bonita marquesinha de Távora.

Chamava-se Maria Teresa e era casada. A família dos Távora fingia ignorar o romance, pois convinha-lhe aquela paixão do rei. A rainha, que não era para brincadeiras, reagiu fortemente. Certo dia, quando andavam a caçar na Tapada de Mafra, deu um tiro de longe e atingiu de raspão a cara do marido. Como nesse dia estava nevoeiro, o rei aceitou que se tratou de um acidente. Mas não faltou quem dissesse ter sido uma vingança, dado que a rainha era uma excelente atiradora!

Dom José, à cautela, tornou-se mais discreto nas suas saídas noturnas. Mas não deixou de procurar Teresinha de Távora, o que muito enraivecia a rainha. Para impedir que Dom José procurasse outras, a mulher organizava caçadas, festas, banquetes, espetáculos, touradas e idas à ópera. Com tantas distrações, o rei foi deixando o governo cada vez mais entregue ao Marquês de Pombal. Em 1755, no dia 1 de Novembro, houve em Portugal um violento terremoto que quase destruiu Lisboa. O Marquês de Pombal teve então um papel decisivo, tomando todas as medidas necessárias para evitar as doenças, a fome, as pilhagens. Depois, foi necessário reconstruir a cidade.

Foi aprovada a planta apresentada por Eugenio dos Santos e iniciaram-se as obras. A Baixa de Lisboa nasceu portanto depois do terremoto, com o aspecto que lhe conhecemos hoje: ruas largas, direitas e os prédios obedecendo a um modelo comum. O Marquês de Pombal governou o país com pulso de ferro. Acima dos interesses particulares, estavam os interesses do Estado. Por isso, o marquês derrubou sem dó nem piedade todos os que se atravessaram no seu caminho e fez muitos inimigos. Enquanto foi ministro, o marquês fez as seguintes reformas que contribuíram para desenvolver todos os setores de atividade, quando criou a companhia da Ásia, para organizar o comércio com o Oriente, e a Companhia da Agricultura, das Vinhas e do Alto Douro para proteger a qualidade do vinho do Porto, demarcou a região de cultivo do vinho do Porto.

Esta foi a primeira região demarcada que houve no mundo, criou a Companhia Geral das Pescarias do Algarve que contribuiu para o desenvolvimento da pesca e animou a costa algarvia, desenvolveu a exploração das minas, nomeadamente minas de chumbo, carvão, mármore, cobre e estanho, reformou a administração pública e asfinanças, criou a Companhia do Pará e do Mar anhão, a Companhia de Pernambuco e Paraíba, para proteger o comércio dos produtos do Brasil, criou a companhia da Pesca da Baleia, protegeu e desenvolveu a Real Fábrica das Sedas e para dar o exemplo, só utilizava no seu vestuário tecidos e produtos fabricados em Portugal, desenvolveu a fábrica de vidros, que passou a funcionar na Marinha Grande, criou a Real Fábrica de Faianças, na zona do Rato em Lisboa, criou o Real Colégio dos Nobres, criou 479 lugares para os professores que ensinavam a ler e a escrever nas mais importantes vilas do País, criou trinta e seis lugares para professores que preparavam os alunos para a entrada no ensino superior, criou a Aula do Comércio para os estudantes que pensavam dedicar-se ao comércio ou administração, reformou a Universidade, reorganizou o exército português, criou a Intendência-Geral da Polícia, para proteção da cidade, aboliu a distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos.



Eis o texto do decreto:

“Conde da Ponte, do meu Conselho, Governador e Capitão-General da
Capitania da Bahia, amigo. Eu, o Príncipe-Regente, vos envio muito
saudar, como àquele que amo. Atendendo à representação que fizestes
subir à minha real presença, sobre se achar interrompido e suspenso o
comércio desta capitania, com grave prejuízo dos meus vassalos e da
minha real fazenda, em razão das críticas e públicas circunstâncias da
Europa; e querendo dar sobre este importante objeto alguma
providência pronta e capaz de melhorar o progresso de tais danos: Sou
servido ordenar interina e provisoriamente, enquanto não consolido
um sistema geral, que efetivamente regule semelhantes matérias, o
seguinte:
Primo: Que sejam admissíveis nas alfândegas do Brasil todos e
quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias transportadas ou em navios
estrangeiros das potências que se conservam em paz e harmonia com a
minha real coroa, ou em navios dos meus vassalos, pagando por
entrada vinte e quatro por cento; a saber, vinte de direitos grossos e
quatro do donativo já estabelecido, regulando-se a cobrança destes
direitos pelas pautas ou aforamentos, porque até o presente se regulam
cada uma das ditas alfândegas, ficando os vinhos, águas ardentes e
azeites doces, que se denominam molhados, pagando o dobro dos
direitos que até agora nelas satisfaziam.
Secundo: Que não só os meus vassalos, mas também os sobreditos
estrangeiros, possam exportar para os portos que bem lhes parecer, a
benefício do comércio e agricultura, que tanto desejo promover, todos e
quaisquer gêneros e produções coloniais, à exceção do pau-brasil ou
outros notoriamente estancados, pagando por saída os mesmos direitos
já estabelecidos nas respectivas capitanias, ficando, entretanto, como
em suspenso e sem vigor todas as leis, cartas-régias ou outras ordens
que até aqui proibiam neste Estado do Brasil o recíproco comércio e
navegação entre os meus vassalos e estrangeiros. O que tudo assim
fareis executar com o zelo e atividade que de vós espero.”


Escrita na Bahia, aos 28 de janeiro de 1808. Príncipe.


Canal: Filme Unimundos(Portugal)
Duração: 86 minutos
Idioma: português de Portugal(portuguese)
Codec: Dvix
Formato do Vídeo: 16:9
Qualidade: DVD-RIP
VOTE AQUI



Image Hosted by ImageShack.us

0 comentários:

 
Design by In Pauta Comunicação