Um livro com linguagem clássica da época e que remonta um pouco da visão economica de Portugal e da Europa quanto ao novo continente. Abaixo uma demonstração da introdução do texto onde mostra que até mesmo a ortografia nos leva a aprender um pouco da escrita clássica antiga.
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PREFAÇÃO DO TRADUCTOR.
Causa actual da Nação Porttigueza, e do seu legitimo Rei está decidida por quem a podia decidir; e a Europa toda está hoje sciente da justiça e direito, com que está sentado no Throno Portuguez o nosso Soberano o Senhor D. Miguel I. Mas a politica dos Gabinetes precisa adoptar ás vezes certas exterioridades, quedifferem a conclusão de alguns negocios por mais tempo do que a de outros, sem que por isso se deva ajuizar que os demorados são os mais difficeis de comprehender: conseguir os fins por meios suaves he a melhor politica, ainda quando custa a conciliar os animos contumazes; o interesse, e o egoísmo não cedem de repente, e muito menos se com elles se junta a ambição, ou amor proprio ferido em seu caprichoso melindre. Por tanto, ainda que todo o homem de sizo conheça que a queslão Portugueza he hoje decidida em todos os Gabinetes, como pede a justiça, nem por isso deixa de convir que, em quanto ella se não acha de todo arrumada, ou reduzida a extincta questão preterita, e puramente a facto historico, se toque de todos os modos hum assumpto, que tem sido dos de maior transcendencia nos nossos dias. Isto julgou muito bem devia fazer o Auctor deste Opusculo, e nelle desenvolveo com muito tino os verdadeiros interesses da Europa, e em particular do Brazil..."
OBS.: Recomendamos esse livro para leitores mais experientes, professores, estudiosos e íntimos da linguagem portuguesa do periodo antigo. Lembrando sempre que a escrita não está errada ou com grafia irregular, mas está no idioma original da época.
Idioma: Português antigo clássico
Páginas: 52
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PREFAÇÃO DO TRADUCTOR.
Causa actual da Nação Porttigueza, e do seu legitimo Rei está decidida por quem a podia decidir; e a Europa toda está hoje sciente da justiça e direito, com que está sentado no Throno Portuguez o nosso Soberano o Senhor D. Miguel I. Mas a politica dos Gabinetes precisa adoptar ás vezes certas exterioridades, quedifferem a conclusão de alguns negocios por mais tempo do que a de outros, sem que por isso se deva ajuizar que os demorados são os mais difficeis de comprehender: conseguir os fins por meios suaves he a melhor politica, ainda quando custa a conciliar os animos contumazes; o interesse, e o egoísmo não cedem de repente, e muito menos se com elles se junta a ambição, ou amor proprio ferido em seu caprichoso melindre. Por tanto, ainda que todo o homem de sizo conheça que a queslão Portugueza he hoje decidida em todos os Gabinetes, como pede a justiça, nem por isso deixa de convir que, em quanto ella se não acha de todo arrumada, ou reduzida a extincta questão preterita, e puramente a facto historico, se toque de todos os modos hum assumpto, que tem sido dos de maior transcendencia nos nossos dias. Isto julgou muito bem devia fazer o Auctor deste Opusculo, e nelle desenvolveo com muito tino os verdadeiros interesses da Europa, e em particular do Brazil..."
OBS.: Recomendamos esse livro para leitores mais experientes, professores, estudiosos e íntimos da linguagem portuguesa do periodo antigo. Lembrando sempre que a escrita não está errada ou com grafia irregular, mas está no idioma original da época.
Idioma: Português antigo clássico
Páginas: 52
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